Wednesday, 7 October 2009
Opera House
Acabei de chegar de um show no OPERA HOUSE. Eu e a Sofia compramos faz séculos, estou pagando a prazo pra ela, mas tinha até esquecido. O show era de um africano, Hugh Masekela. Pura música africana da montanha, com percursão, trompete e tudo mais. Sem palavras. Foi uma coisa maravilhosa... o negão apavora. Primeiro que amo ritmos africanos, segundo que o Opera House é lindo demais, as pessoas todas arrumadas, a escadaria, tudo. O cantor era super simpático, conversando com o público. Ele fazia os sons, hipinotizava. Começou a falar da cultura da Africa, do respeito que as pessoas tem que ter uns com os outros, da necessidade de rezar por aqueles que cavocam dia e noite pra pagar nosso jantar. Tudo isso fazendo ritmos, envolvendo. Entrei em transe. Ele cantava, a platéia acompanhava, os africanos na platéia (que são africanos mesmo, não filho do filho do filho como no Brasil) estavam alucinados, cantando em harmonia. Ele fez o Opera House todo levantar e dançar com ele - e seus mais de 70 anos nas costas, baita vozeirão e gingado. Tum tum, ele fazia o som dos trens na África, o som dos safaris, o som da vida. Foi lindo demais, amei. A música entrava no coração, saia pelo nariz, entrava de novo pelo ouvido, saia pelo olho. Transe total. Eu chorava copiosamente - emoção demais para meu coraçaozinho musical.
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Eu posso imaginar você, no meio de todos os africanos do mundo!
ReplyDeleteTem o seu jeito e a sua cara!
Que bom saber que você tem estado tão feliz!
Beijão
Mamãe.
realmente incrivel..ainda bem q vc aprendeu o nome do cantor! hehe
ReplyDeleteOntem tambem fui num show de um paraguaio que tocava harpa. Tocou garanhas, recuerdos de ipacaraí e outros sucessos. A voz era num belo tom de falsete com taquara rachada e de vez quando ele parava de tocar pelos aplausos da galera, na maior parte composta de suburbanos de camisa regata e gatinhas com peitões de fora.
ReplyDeleteFoi emocionante! O som entrava pelo nariz e saia pelo pelo ânus (com todo respeito) como se fôsse um fosse um vendaval. Chorei muito, mas depois descobri que tudo era por causa da cebola que a gatinha do lado estava comendo.
(cada filha tem o pai que merece)